18 de janeiro de 2008

SulAmérica fará oferta de recompra de ações

SulAmérica fará oferta de recompra de ações

Empresa pagará R$ 1,02 por ação; objetivo da operação é retirar de circulação todas as ações SASG3.
A SulAmérica vai realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) para recompra de todas as ações SASG3 em circulação no mercado. O grupo, que conta com outros três papéis listados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – SULA11, SULA3, SULA4 -, encaminhou o pedido de registro da OPA nesta sexta-feira (18/1) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Será oferecido 1,02 real por ação, valor correspondente ao fechamento de ontem (17/1) do papel na Bovespa. O objetivo da SulAmérica é retirar de circulação as 61.556.695 ações SASG3 que estão hoje nas mãos de minoritários, representantes de 3,01% do capital social da Sul América Companhia Nacional de Seguros, para futuro cancelamento do registro de companhia aberta. “Queremos concentrar os negócios nas ações da Sul América S.A, que é controladora da Sul América Companhia Nacional de Seguros”, explica o vice-presidente de Relações com Investidores da Sul América S.A, Arthur Farme D'amoed Neto.
De acordo com o executivo, a operação garantirá ao grupo melhores resultados, com redução de custos e melhor visibilidade dos papéis na Bolsa.

fonte: PortalExame.com.br

10 de janeiro de 2008

Atualizadas normas de Procedimentos e Eventos em Saúde

O governo divulgou nesta quinta-feira, 10, a legalização das mudanças previstas para os procedimentos relativos à cobertura dos Planos de Saúde.

Segundo a nota publicada no Diário Oficial, a Atenção à Saúde na Saúde Suplementar deverá se basear nos seguintes princípios: atenção multiprofissional, integralidade das ações respeitando a segmentação contratada, incorporação de ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, bem como de estímulo ao parto natural e uso da epidemiologia para monitoramento da qualidade das ações e gestão em saúde.

Também se torna regra que as empresas de assistência à saúde ofereçam o plano-referência, podendo contar, alternativamente, planos Ambulatorial, Hospitalar, Hospitalar com Obstetrícia, Odontológico e suas combinações.

Outra importante mudança garantida pela resolução é o tratamento da obesidade mórbida que, por sua gravidade e risco à vida do paciente, terá direito a atendimento especial, devendo ser assegurado e realizado, preferencialmente, por equipe multiprofissional, em nível ambulatorial.

Os procedimentos necessários ao tratamento das complicações clínicas e cirúrgicas decorrentes de procedimentos não cobertos, tais como, procedimentos estéticos, inseminação artificial, transplantes não cobertos, entre outros, têm cobertura obrigatória quando constarem do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, respeitadas as segmentações e os prazos de carência e Cobertura Parcial Temporária - CPT.

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco107172,0.htm

9 de janeiro de 2008

DPVAT x Motoboys

Os proprietários de motocicletas estão muito chateados com o aumento do valor do DPVAT. O seguro obrigatório aumentou para 255 reais.

Como qualquer seguro, o princípio do DPVAT é o mutualismo, ou seja, se as indenizações aumentam todos acabam pagando por isso. E as estatísticas nos mostram que infelizmente os acidentes de motocicletas com vítimas vem aumentando, portanto essa seria uma razão do aumento do valor.

Por outro lado a indústria automobilística comemora os números. Comparando 2006 com 2007 o número de motos vendidas cresceu quase 33% atingindo mais de 1,7 milhoes de motos fabricadas. Ou seja, mais motos circulando, o que fez aumentar a base segurada, o que deveria ter gerado uma diluição de risco, certo ? Não é o que parece...

A culpa vai recair sempre neles, nos motoboys –os odiados “cachorros loucos” !
Se tiver curiosidade visite o site da categoria e você vai ficar chocado com as estatísticas que podem ser obtidas lá, por exemplo: "São Paulo mata em média um motoboy por dia e fere gravemente outros 25, segundo os relatórios de fim de ano da Prefeitura" - ou "A cada motoqueiro morto, temos três que ficam seqüelados, com paraplegia ou tetraplegia"
Fonte: www.motoboy.org.br

Vale a pena assistir o documentário “Motoboys – Vida Loka”, do Caíto Ortiz, de 2003. Quem assistiu deve lembrar de um depoimento no final do filme que estudiosos tentam explicar a importância do motoboy na vida econômica da cidade e um vai além, dizendo que o que ele gostaria de ver, num futuro não muito distante, é que os motoboys sejam profissionais respeitados e admirados como outra categoria profissional super reconhecida, a dos bombeiros ! É esperar para ver.

E visite o site do DPVAT, conheça seus direitos – www.dpvatseguro.com.br

8 de janeiro de 2008

Brasil na mira das seguradoras

Artigo de Denise Bueno da Gazeta Mercantil

O setor de seguros brasileiro está entre os prioritários para receber investimentos de grupos estrangeiros nos próximos três anos. Os mercados emergentes são vistos como prioridade nos negócios das seguradoras para 43% dos executivos entrevistados em pesquisa realizada pela Accenture em mais de 14 países.
Os quatro principais mercados emergentes que receberão investimentos das empresas de seguros nos próximos três anos são China (49%) Índia (31%) Brasil e Rússia (ambos com 13%), que formam o grupo conhecido como Bric.
O Vietnã aparece em quarto lugar, com 11%, seguido da Argentina (9%) e demais países da América Latina, que somados, totalizam também 9%. Em último lugar figura a Ucrânia, com 7%, segundo a pesquisa realizada com 100 executivos do setor em 14 países, sendo 12 dos Estados Unidos, 44 da Europa, quatro do Japão e 40 dos países emergentes, sendo dez do Brasil.
Porém, a expectativa de crescimento e lucro ainda é esperada de economias maduras, como Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Suíça, Alemanha e França. As companhias que já investem nos países do Bric informaram que 62% de seus resultados vêem de mercados maduros. Em três anos, este índice deve atingir 66%.
Nos próximos três anos, 22% das companhias de seguros esperam crescer menos de 25%; 33% esperam crescer entre 6 e 10%. Por isso, aumentar o faturamento é a prioridade de 47% dos executivos de seguradoras de ramos elementares (que inclui seguros de bens e de responsabilidade civil). Já para as companhias de vida e previdência, o faturamento tem um peso menor, com 23% das respostas.
As prioridades para o mercado mundial de seguros são melhorar desempenho de vendas (54%); aumentar o índice de retenção de clientes (49%) e melhorar o nível de serviços (36%). Cerca de 55% das empresas revelaram que pretendem focar suas estratégias de crescimento na conquista de novos clientes e 45% esperam reter e fidelizar a base já existente.
Para os países emergentes, porém, a realidade é outra. Pouco mais de 70% dos consultados informaram que estabelecerão estratégias para conquistar novos consumidores.
Para tanto, as companhias globais de seguros esperam, nos próximos três anos, investir em algumas áreas chave, como marketing. Cerca de 63% informaram que já atuam fortemente neste segmento; 14% começarão a investir nos próximos três anos; 20% não esperam planejar nada neste setor nos próximos 20%.
Outras 64% afirmaram ter sistemas de distribuição já bastante aprimorados; 24% não têm nada planejado nesse sentido para os próximos três anos. Em relação a serviços ao cliente, 55% afirmaram ter sistemas já bastante aprimorados; 23% não planejaram novos serviços para os próximos três anos. Outros pontos de destaque da pesquisa dão conta da preocupação de 91% dos executivos em reduzir gastos e de 83% em crescer organicamente.
Brasil em perspectiva
A expectativa de crescimento do mercado de seguros no Brasil é de dobrar de tamanho a cada quatro anos, com vida e previdência puxando essa evolução. "A evolução tem dois motores: o crescimento da própria economia e o fato de o seguro estar ainda pouco representado em relação à atividade econômica como um todo", diz Marino Aguiar, executivo da Accenture. "China e na Índia projetam evolução maior, com taxas superiores a do mercado brasileiro, considerado muito sofisticado quando comparado aos seus concorrentes emergentes."
Para ele, há uma forte tendência de consolidação do setor no Brasil com as regras de solvência e abertura do resseguro. "É possível visualizar fusões e aquisições especialmente nas seguradoras de média dimensão para ganhar massa critica.
Essas aquisições, provavelmente de carteiras de produtos específicos, tendem a ser focadas para reforçar a capacidade competitiva da companhia num determinado segmento", afirma o consultor.
Muitas das preocupações dos executivos locais são idênticas às detectadas pela pesquisa. As prioridades de negócios das empresas passam por desenvolver novas ferramentas de fidelização de clientes; melhoria nos canais de distribuição e de vendas e terceirizar atividades de marketing, distribuição ou serviço de atendimento ao cliente.
Crescimento orgânico
No mercado brasileiro, acredita o consultor, o foco das companhias é maior dentro do crescimento orgânico e de programas de fidelidade, pois custa menos reter do que conquistar consumidores. O seguro é um produto que, em geral, se renova anualmente. "Isto significa que as companhias de seguro têm de fazer um esforço constante para reter os seus clientes e aumentar o índice de penetração de produto com cada cliente."
De acordo com o consultor, o índice de produto por cliente é de 1,4 no Brasil. "É um índice que mostra a sofisticação do Brasil, pois ele está muito próximo do patamar de 2,2 produtos por cliente de economias maduras."
No Brasil, a necessidade de aumentar o faturamento tem feito as seguradoras investirem em canais alternativos de vendas. Praticamente todas as grandes e médias redes de varejo já firmou parceria com seguradoras para venda de apólices, seja no caixa de pagamento ou na oferta do crediário. Também aperfeiçoam a venda via contas de serviços, como luz, gás, telefone e teve a cabo.
Para Aguiar, as seguradoras brasileiras precisam repensar o modelo bancassurance, venda de seguros nas agências bancárias. Apesar do modelo ser um sucesso em todo o mundo, que há pouco tempo começou a explorar esse tipo de canal de vendas, a penetração de seguro por correntista do banco ainda é muito baixa. "Melhorar a fatia de clientes com seguro exigirá que as companhias reinventem a forma de operação com o canal banco, buscando equilibrar a concorrência que o seguro enfrenta no dia-a-dia do gerente, responsável por vender vários produtos financeiros."
O microsseguros é um nicho potencial para aumentar o faturamento. "Por gerar um grande volume com baixo tíquete, a seguradora só conseguirá rentabilidade operando este produto em parcerias com o varejo e concessionárias de serviços." Outro desafio está em como lançar produtos mais rápidos. As empresas estão preocupadas em reagir rapidamente a concorrência. No entanto, colocar mais gente não é a solução em razão da necessidade de baixar custos com a perda de receita financeira neste cenário de taxas de juros declinantes. A solução aqui, aparentemente, passa pelo investimento em sistemas.

4 de janeiro de 2008

Seguros também terão elevação na alíquota de IOF

As novas regras para a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também afetarão o mercado segurador. Em operações novas, o imposto já cobrado será acrescido de 0,38 ponto porcentual. No seguro de bens a alíquota passa de 7% para 7,38%, e no de saúde de 2% para 2,38%. Os seguros de vida e acidentes pessoais, que antes tinham alíquota zero, passam a ter a incidência de 0,38% do IOF. O mesmo acontece com o Dpvat. As outras modalidades que eram isentas do IOF continuaram com alíquota zero

2 de janeiro de 2008

O que fazer para evitar tantas mortes no trânsito brasileiro?

Achei excelente esse artigo da jornalista Ruth Aquino que saiu na Epoca depois do Natal.
Reproduzi abaixo.

Punir é uma forma de educar

Tem gente que passa o natal engordando, relaxando e trocando presentes. Neste Natal, 196 brasileiros passaram o feriado morrendo nas estradas federais, em destroços de carros, caminhões, ônibus e carretas. Os feridos são 1.870. Em vez de degustar ceias e presentes, dezenas de famílias conheceram o luto. O total de mortos pode dobrar, porque a estatística não registra quem morreu nos hospitais. Mais um recorde macabro, e ainda não passamos pelo Réveillon ou Carnaval.
O que fazer? Punir. Aplicar a lei. Aumentar o valor das multas. Não mudar o Código de Trânsito em favor dos infratores. Prender os motoristas irresponsáveis. Suspender a carteira. Não chamar de acidente já ajudaria, diz Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas: “Acidente é cair um meteoro na cabeça do motorista. Desastres são todos previsíveis”. Especialistas já se cansaram de elaborar listas de causas. O professor Paulo Fleury, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz o que nós já sabemos: “As mortes no trânsito não são uma epidemia cuja causa não se sabe. Ao contrário: se sabe a causa, o lugar, o motivo. É descaso das autoridades”. A legislação brasileira não obriga ninguém a soprar no bafômetro. Permite uma série de recursos a quem mata no trânsito. Não há provavelmente ninguém preso ou com habilitação suspensa por ter matado uma pessoa ou uma família inteira na rua ou na estrada. O que são “cestas básicas” como punição para assassinos no trânsito? O Brasil conseguiu a proeza de afrouxar seu Código. Antes, pela lei, o motorista teria a carteira suspensa se fosse flagrado dirigindo 20% acima do limite de velocidade. No ano passado, esse índice subiu para 50%. Uma nova resolução do Contran determina que os radares sejam sinalizados e anunciados nas estradas. Só no Brasil mesmo. O que se faz entre os radares? Acelera-se. Nem o mau estado das rodovias pode levar a culpa: 80,7% dos acidentes acontecem em asfalto em boas condições; 71,4% em retas. Imprudência, álcool e impunidade são os maiores vilões. Isso soa terrivelmente redundante.

Motoristas não têm a menor educação. Talvez fossem mais polidos se, na escola, ao ser alfabetizados, aprendessem noções de cidadania. “Primeiro é preciso multar todos os pais que param em fila dupla na frente das escolas”, diz Rizzotto. O mau exemplo, dos pais, é a pior aula de direção irresponsável para a criança. Na Inglaterra e na Alemanha, carros param para pedestres, mesmo fora do sinal. No Brasil, motoristas aceleram no sinal amarelo, e alguns “brincam” de assustar o pedestre. Não existe uma meta nem se aprende com o que aconteceu. A perícia vai para a gaveta. Há pesquisas associando acidentes ao cansaço. Em países civilizados, já soa um alarme em veículos a cada duas horas de direção. Uso de celular, rádio alto, excesso de horas, viagens depois de trabalhar o dia inteiro – tudo isso causa acidentes. Celular agora dá até dois anos de cadeia... na Inglaterra. No Natal, um amigo de meu filho de 20 anos contou que sua maneira de dirigir mudou na Austrália. “Se bebo, não dirijo. Se dirijo, não bebo. Aprendi isso lá. Se me pegassem dirigindo alcoolizado, mesmo sem provocar acidente algum, eu ia para a corte, perdia a carteira e, se reincidisse, era deportado.” Por que não há o mínimo rigor no Brasil?