12 de janeiro de 2009

Dpvat em 2008

Os números do Seguro Dpvat no ano de 2008 indicam que os acidentes de trânsito estão crescendo e a preocupação maior continua sendo com os veículos de duas rodas. O balanço, realizado pela Seguradora Líder-Dpvat, que administra o Seguro Dpvat, mostra que foram pagas 18.055 indenizações por morte em acidentes envolvendo motocicletas, o que representou 32% dos pagamentos por óbito no período. Em valores, essas indenizações chegaram a mais de R$ 255 milhões.

Ao todo, ou seja, incluindo todas as categorias de veículos cobertas pelo Seguro Dpvat, como carros, ônibus e caminhões, foram pagas 57.116 indenizações por mortes em 2008, somando um total de R$ 785,3 milhões. Outro fator que chama a atenção é o aumento crescente das indenizações por invalidez permanente. Em 2008 foram pagas 89.474 indenizações, das quais 63%, ou seja, 56.213 são referentes a acidentes com motocicletas. Os carros de passeio também tiveram peso nas indenizações do Seguro Dpvat. Ao todo foram pagas 94.020 indenizações. Quase a metade dos pagamentos deveu-se a reembolsos de despesas médicas (38.864), seguidos por casos de morte (29.248) e invalidez permanente (25.908). O valor total das indenizações por morte, invalidez e reembolso de despesas médicas decorrentes de acidentes de trânsito teve aumento de cerca de 17% no comparativo entre os exercícios de 2007 e de 2008. Também houve acréscimo de 7,8% na quantidade de sinistros reclamados em 2008.

7 de janeiro de 2009

Seguro ficaria 30% mais barato com autopeça “independente”

O seguro de automóveis e o valor das franquias poderiam ser até 30% menores se as seguradoras e segurados tivessem a oportunidade de utilizar peças produzidas por fabricantes independentes. A afirmação é do diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape), Roberto Monteiro, acrescentando que vem crescendo no país o número de motoristas que, no caso de acidentes, em vez de acionarem o seguro preferem assumir o prejuízo, devido ao elevado valor da franquia, muitas vezes superior ao montante pago às oficinas particulares. “Providenciar o próprio reparo do automóvel muitas vezes sai mais barato do que apelar para a seguradora e pagar a franquia”, enfatiza Roberto Monteiro. Ele ressalta que as seguradoras não têm culpa por essa situação. Segundo recente levantamento feito pela Anfape, as autopeças originais são sensivelmente mais caras do que as alternativas oferecidas pelo mercado independente de reposição. “Se compararmos o valor das peças que mais precisam de reparo em uma colisão, veremos que a diferença entre os preços das concessionárias e a dos praticados pelos varejistas que comercializam peças do mercado independente poderia ser utilizada em favor do segurado repassando a economia gerada pela utilização de peças similares às originais no preço do seguro e no valor da franquia. Essa diferença é que possibilita aos consumidores, a exemplo dos remédios, procurar cada vez mais por peças genéricas e dificilmente optar pelas peças originais nos balcões das concessionárias”, explica o diretor da entidade. Roberto Monteiro observa ainda não basta apenas as seguradoras concordarem com o uso das peças produzidas pelo mercado independente. Na avaliação dele, teria de haver uma mudança na legislação que desobrigasse as seguradoras a utilizar somente autopeças originais no reparo dos veículos segurados. “Caso houvesse essa mudança, o segurado, quando da contratação do seguro, teria o direito de escolher entre as originais e as fabricadas pelo mercado independente, diminuindo assim o custo de seguro e o preço da franquia”, frisa.