4 de novembro de 2010

Seguro de carro para pessoas com até 25 anos encareceu 20%, em média, em 2010

SÃO PAULO - Quem tem entre 18 e 25 anos de idade pagou mais caro para contratar uma apólice de seguro para veículos entre 2009 e 2010, segundo dados apurados pela EMB Consultoria.
De acordo com o levantamento da empresa, neste ano, este público desembolsou, em média, 20% mais na hora de proteger o automóvel. O motivo, conforme explica o consultor da EMB, Marcelo Figueiredo, é o perfil do condutor.

"São pessoas com menos experiência de direção, que dirigem mais durante a noite, entre outras coisas (...) Contudo, algumas seguradoras já estão dando de descontos de até 2% para quem faz, por exemplo, curso de direção defensiva".

O segundo grupo com maior aumento, ainda com base nos dados da EMB, foi o das pessoas de 36 a 40 anos, cuja alta ficou entre 5% e 7%.

O que encarece um seguro?

De acordo com especialistas, morar perto de bares, restaurantes, faculdades, entre outros locais, pode ser um fator de encarecimento do seguro de automóvel. Isso porque estes locais possuem grande concentração de veículos expostos, o que, por sua vez, favorece a ação de bandidos, aumentando, assim, o índice de roubos da região e, consequentemente, o valor do seguro.

Além disso e do perfil do segurado (se é homem ou mulher, solteiro ou não, idade …), outras variáveis também impactam bastante, como o local de trabalho do segurado e o modelo do veículo.

27 de outubro de 2010

Idade mínima para Previdência será medida eficaz no longo prazo, diz especialista

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa (com 60 anos ou mais), que respondia por 7,9% da população brasileira em 1992, passou a responder por 11,4% em 2009. Baseada nisso, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), sugeriu mudanças no sistema de Previdência, e entre as sugestões está uma revisão da idade mínima para aposentadoria e o fim das compulsórias.

Segundo o economista da Corretora Nunes & Grossi, Keyton Pedreira, estipular uma idade mínima para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) seria uma medida mais eficaz no longo prazo. "Entendo que é uma discussão técnica e política, já que não é uma solução popular, mas vai dar mais sustentabilidade à Previdência", disse. Isto por que a medida de elevação da idade mínima para a aposentadoria compulsória, para 65 anos, atingiria um percentual muito pequeno da população, de forma que não representaria uma diferença substancial nas contas da Previdência.

A coordenadora de População e Cidadania do Instituto, Ana Amélia Camarano, acredita que a revisão da idade mínima beneficia não só a Previdência, mas também os idosos que permanecem no mercado de trabalho por mais tempo. Ainda segundo ela, não mudar as aposentadorias agora coloca o Brasil na mesma linha de estagnação em que se encontra a França. Ana Amélia afirmou que, nos dias atuais, a saída do mercado de trabalho significa desintegração social e, consequentemente, cresce o número de aposentados que sofre de problemas como alcoolismo, depressão e suicídio.
O estudo do IPEA aponta a tendência de crescimento na população com mais de 20 anos. O levantamento demonstra que o contingente populacional do Brasil aumentou de 1,7 milhão em 1940 para cerca de 21,5 milhões no ano passado. Enquanto a população menor de 20 anos diminuiu em termos absolutos e relativos.

22 de outubro de 2010

Furto de carros faz USP pedir ajuda à Policia Militar

O número de furtos de carros na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo, mais que triplicou neste ano e a Polícia Militar teve de ser acionada pela reitoria da USP. Desde o início da semana, 15 PMs e guardas da instituição fazem duas blitz diárias no campus. Até então, eram esporádicas no local.

De janeiro a setembro do ano passado, ladrões furtaram 23 carros na universidade. No mesmo período deste ano já foram 77 casos, conforme dados da Coordenadoria do Campus da Capital.

Uma das vítimas foi o estudante de administração José Dias Pinto, 21. "Fui para a aula e quando voltei meu carro não estava". O Crossfox foi levado há cerca de um mês.

O aumento dos furtos vai na contramão dos índices da capital. No primeiro semestre (último dado divulgado pelo governo), houve redução de 8% nesse tipo de ocorrência. Na própria USP, os crimes estavam diminuindo. Outros furtos e roubos --quando há ameaça à vítima-- tiveram uma queda de até 66%.

Para a reitoria, uma quadrilha especializada está agindo. Segundo a USP, seu setor de segurança, com a ajuda da polícia, procura desvendar como é o modo de atuação do grupo, já que ele tem conseguido "driblar o sistema de monitoramento e controle" do órgão.

Desde 2006, a USP iniciou a instalação de câmeras. Hoje, 85 estão em operação. Na Cidade Universitária, por onde circulam 110 mil pessoas por dia, há 60 guardas desarmados.

A PM diz que foi chamada pela USP para fazer as blitz. Já a universidade alega que há uma ação conjunta entre a polícia e a guarda. Nas blitz, os policiais verificam documentos de veículos, se o condutor é procurado pela polícia ou se o carro tem queixa de roubo.

Até ontem, cinco pessoas que estão em liberdade condicional tinham sido encontradas. Nenhuma delas foi detida porque não estavam cometendo crimes. Porém, diz a polícia, elas não tinham motivos para circular por ali.

Sindicalistas reclamaram da ação da PM no campus. "A USP gasta com segurança privada, não precisa de polícia", diz a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Neli Wada.

Para o presidente da Associação dos Docentes, João Zanetic, a ação deveria ser discutida com a comunidade.

19 de outubro de 2010

Aprovada súmula sobre seguro de veículo transferido sem aviso

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou nova súmula que trata da persistência da obrigação da seguradora em indenizar, mesmo que o veículo seja transferido sem comunicação prévia, ainda que esta seja exigida no contrato. O texto excetua a obrigação apenas se a transferência significar aumento real do risco envolvido no seguro.

Diz a Súmula n. 465: “Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação”.

O projeto de súmula foi relatado pelo ministro João Otávio de Noronha, e se fundamenta nos artigos 1.432, 1.443 e 1.463 do Código Civil de 1916; e 757, 765 e 785 do Código Civil de 2002. Os precedentes citados datam desde 2000.

No mais recente, em 2010, o ministro Aldir Passarinho Junior, da Quarta Turma, afirma que não se justifica tornar sem efeito o contrato de seguro apenas em razão da ausência de comunicação da transferência do veículo. Conforme o relator, mesmo que o contrato exija a comunicação prévia da mudança, deve ser feito um exame concreto das situações envolvidas para autorizar a exclusão da responsabilidade da seguradora, que recebeu o pagamento do prêmio. A obrigação poderia ser excluída em caso de má-fé ou aumento do risco segurado.

Em outro precedente citado, do ministro Humberto Gomes de Barros, atualmente aposentado, a Terceira Turma afirmou que “a transferência da titularidade do veículo segurado sem comunicação à seguradora, por si só, não constitui agravamento do risco”.

Já a Terceira Turma, em voto da ministra Nancy Andrighi, estabeleceu que, “na hipótese de alienação de veículo segurado, não restando demonstrado o agravamento do risco, a seguradora é responsável perante o adquirente pelo pagamento da indenização devida por força do contrato de seguro.”

A súmula foi aprovada pela Segunda Seção no dia 13 de outubro.

REsp 302662 - Resp 600788 - Resp 188694 - Resp 771375

13 de agosto de 2010

Seguros: empresas acreditam que venda on-line será possível em três anos

fonte: Infomoney


SÃO PAULO - Em aproximadamente três anos, o consumidor poderá comprar, renovar, cotar preços de seguros, entre outros serviços, por meio da internet. Ao menos é o que acreditam 63% das seguradoras ouvidas para um levantamento da Accenture, empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing.
De acordo com a pesquisa, que ouviu 125 empresas do setor de seguros de 25 países, incluindo o Brasil, até 2013, as seguradoras pretendem investir cerca de US$ 84 milhões em novas estratégias de distribuição e vendas, especialmente em tecnologias móveis, marketing digital, integração de canais de vendas e mídias sociais.

Apesar disso, apenas 21% das empresas de seguros acham possível ter esses mesmos serviços disponíveis em dispositivos móveis no mesmo período.

Novas tecnologias

Dentre os motivos apontados pelas seguradoras para o investimento em outros canais de distribuição e vendas está o surgimento das novas tecnologias, citado por 85% dos entrevistados.

A necessidade dos clientes ficou em segundo lugar, com 84% das indicações, seguida pelas novas regras no segmento de seguro e a importância da consultoria de venda para os produtos e serviços de seguro, com 81% das citações cada.

"Aumentar o investimento em canais de vendas com tecnologias móveis - para aproveitar o crescente uso de smartphones - e em marketing digital - para criar oportunidades para influenciar a escolha do cliente - é necessário, mas não é suficiente nos dias de hoje (..) Como os consumidores possuem necessidades distintas, eles buscam cada vez mais ofertas em múltiplos canais para determinar o que lhes é mais adequado. As seguradoras possuem o desafio de desenvolver estratégias diferenciadas para cada canal e, assim, combinar serviços, produtos e preços", disse o líder mundial da prática de seguros da Accenture, Serge Callet.

Investimentos

No geral, 63% das seguradoras não consideram o seu modelo de distribuição de venda atual como vantagem competitiva.

Dessa forma, três em cada quatro seguradoras, ou 75%, afirmam que estão desenvolvendo iniciativas com canais independentes, como corretores, assessorias financeiras, entre outros. Já 73% das empresas entrevistadas acreditam que o desenvolvimento de ferramentas especializadas e suporte pós-vendas sejam o foco principal do negócio.

Outros 66% das seguradoras acreditam que o treinamento para os corretores seja o ponto principal para otimizar a venda, enquanto que 64% preferem investir em ferramentas especializadas, principalmente de tecnologia e suporte pós-venda.

1 de abril de 2010

Casal gasta mais de R$ 81 mil em carro que não pode circular

Veículo comprado no Reino Unido é todo cromado e, por ser muito suscetível a riscos e danos, nenhuma seguradora quer cobrir o carro, que está proibido de rodar sem seguro

Um marido inglês muito atencioso decidiu presentear sua esposa no Dia dos Namorados com um carro muito exclusivo, mas acabou com o “espelho mais caro do Reino Unido” na mão, como ele mesmo definiu.

Ian Grice deu para sua mulher um Mini Cooper todo cromado, que custou 30 mil libras (equivalente a mais de R$ 81 mil). O problema é que, segundo o jornal britânico Daily Mail, nenhuma seguradora quer o casal como cliente.

Todas as empresas alegam que o carro cromado é muito “sensível”, super suscetível a riscos e danos. Além do que, tais danificações seriam extremamente caras para se reparar.

O problema é que no Reino Unido é obrigatório que o carro esteja segurado para poder circular, o que deixa o casal com um veículo nada discreto estacionado em definitivo na garagem.

8 de março de 2010

Inflação do carro chega a 5,03% em 12 meses, a maior em três anos

da Folha Online, 08/03/2010

Os gastos com veículos subiram acima da inflação média nos últimos 12 meses, atingindo 5,03% até fevereiro de 2010, aponta pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) --a maior alta dos últimos três anos. No mesmo período, a variação do IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor de Mercado) ficou em 4,72%.

De acordo com a Fundação, a compra e a manutenção do veículo comprometem cerca de 7% do orçamento familiar. Esse número pode variar dependendo do número de veículos que a família tem e de outros aspectos como distância percorrida por dia e hábitos de dirigir.

Entre os destaques de alta, está o álcool combustível, com aumento de 29,48% no último ano, seguro facultativo (14,34%) e lavagem e lubrificação (10,93%). Ainda entre os combustíveis, a gasolina registrou alta de 3,90%, enquanto o diesel e o gás natural veicular tiveram deflação no período, de 5,04% e 8,77%, respectivamente.

Os preços de aquisição dos veículos também caíram nos últimos 12 meses: para comprar um veículo novo, o consumidor deve desembolsar agora 0,36% a menos; no caso dos automóveis usados, a diferença no preço é bem maior, de 8,54%.