10 de dezembro de 2008

Sinistros de D&O devem alcançar US$ 9,6 bilhões

Sinistros por reclamações de seguros de D&O (responsabilidade civil de executivos) devem alcançar US$ 9,6 bilhões depois da crise, aponta pesquisa. Pelas projeções, percebe-se o crescimento de ações judiciais por funcionários demitidos pós-crise, alegando práticas trabalhistas desleais, bem como por acionistas minoritários ou clientes, também reclamando de práticas abusivas ou desleais contra os executivos de diversas companhias.

Segundo Gustavo Cunha Mello, professor Funenseg, a crise também afeta o Brasil de forma indireta na restrição do ressegurador externo às renovações e contratações deste seguro, e de forma direta com ações contra companhias brasileiras gerando sinistros nas apólices. "Os investidores americanos também estão processando a Sadia e a Aracruz pelas decisões por aplicações financeiras em derivativos cambiais, gerando um prejuízo de até 25% do montante investido."

Para Mello, os acionistas minoritários do Citibank e da GM também devem se manifestar. Mello diz que o volume de prêmio no ramo deve crescer devido ao aumento do preço no mercado de seguro internacional, já que todo seguro D&O é ressegurado, e que as taxas dos seguros D&O tendem a subir 40%. "Se a empresa tem ação na Bolsa, piora."

As seguradoras brasileiras que contratam este risco são: ACE, Zurich, Unibanco, Bradesco e Chubb. Após a crise de outubro, o mercado se fechou, muitos clientes não conseguem renovar suas apólices com reajuste. "O fato não é mais o custo, mas se conseguirá fazer o seguro e a procura por proteção coma crise vai aumentar."

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