29 de novembro de 2007

Mais interação entre vida e previdência

29/11/2007 - VALOR ECONÔMICO


O setor de previdência privada vive hoje o desafio de encontrar caminhos para explorar todo o potencial do mercado brasileiro. As perspectivas de crescimento são boas, mas não faltam obstáculos a serem superados para que a atual trajetória ascendente seja mantida. Os problemas começam, na opinião dos profissionais do setor, com a falta de informação e de cultura previdenciária por parte dos investidores.

As companhias defendem, de outro lado, mudanças nas regras para facilitar a comercialização de novos produtos. "Nós temos um enorme mercado inexplorado no país. Ainda há muito trabalho a se fazer", afirma Marco Antônio Rossi, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Como exemplo, ele destaca a necessidade de ampliar a interação de planos de vida e previdência, assim como a possibilidade de criar alternativas de produtos ainda mais interessantes para segmentos de baixa renda e para o mercado "júnior" (em que os beneficiários são os filhos)."Hoje, a venda de planos de vida e previdência, por exemplo, acontece muitas vezes de forma separada. Precisa haver um avanço, com a criação, inclusive, de vantagens mais agressivas para o contratante que opta por um pacote com os dois produtos", diz.

Além clisso, Rossi acredita que poderia haver avanços na legislação com sinal verde para a inclusão de "mini-seguros", como auxilio funeral, por exemplo, ao plano de previdência. Com uma parcela mensal de R$ 4 ou R$ 5, a indústria poderia fornecer esse produto como um novo atrativo.

Manter e presentar a credibilidade do setor é uma questão que preocupa os profissionais cla área. Entre eles, há um consenso de que crises recentes em empresas do segmento de saúde, que atuam também em previdência privada, exigem maiores esclarecimentos ao público como forma de garantir a confiança no sistema previdenciário.

Outra questão apontada como essencial é a transparência da política de investimentos como sinal cie respeito aos direitos do participante. Cabe às empresas o trabalho de mudança na imagem que o consumidor tem cio produto de previdência. "É fundamental orientar o cliente nos mínimos detalhes. Trata-se de um trabalho educacional mesmo", diz Osvaldo Nascimento, diretor-executivo da área de seguros, previdência e capitalização do Itaú.

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