19 de maio de 2008

A nova luz da CHUBB

LUXO É UMA PALAVRA que define a Chubb Seguros, conhecida pela proteção de bens exclusivos e milionários que vão de carros Ferrari e Mercedes- McLaren a jatos executivos. Mas se a ordem é crescer, a seguradora não se importa em descer alguns degraus na escala social. Mais precisamente, da classe A para a D. Em parceria com a corretora Aon Affinity, a Chubb colocou em sua mira a oferta de seguros em grande escala.
Acertou com a Light, companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro, um microsseguro no valor de R$ 5,30 para fazer a cobertura residencial, funeral e desemprego. A apólice também dará direito a um sorteio mensal de R$ 5 mil. São 3,8 milhões de usuários que poderão adquirir esse produto. Esse é o primeiro grande passo em 2008. Três grandes negócios podem ser anunciados nas próximas semanas – inclusive com outra concessionária de energia, apurou a DINHEIRO. Acender a luz dos negócios com a baixa renda é a nova prioridade da Chubb.
Expor uma marca exclusiva em um segmento popular não preocupa os executivos da companhia. Até porque nesse tipo de seguro o nome da empresa é colocado discretamente no pé da conta de luz. “O cliente não diz que é segurado pela Chubb. Ele diz que é segurado pela Light”, afirma o presidente da seguradora, Acácio Queiroz. A Chubb continuará com seu tradicional padrão platinum. Para não gerar confusão, os dois setores de atuação foram separados em andares diferentes na sede da empresa em São Paulo – e com executivos especializados em cada um deles. Apostar nos seguros massificados é uma maneira de diversificação de negócios e, principalmente, uma forma de aproveitar o aumento de renda da população das classes D e E para ampliar o faturamento da empresa. “O Acácio ajudou a abrir um novo mercado e fazer a companhia crescer”, diz José Macedo, presidente da corretora Aon Affinitty e parceiro da Chubb nesse projeto.

Desde que assumiu o controle da Chubb, em 2005, Acácio Queiroz lutava para introduzir os seguros de baixíssimo valor no portfólio de produtos. Foi ele o responsável pela chegada desse tipo de seguro ao mercado brasileiro na década de 1990, quando estava à frente da Ace Seguradora. Macedo, por sua vez, foi um dos executivos que o ajudou com esse projeto de massificação. “O importante no massificado é o cliente e não a seguradora ou a corretora”, afirma Queiroz.

Nenhum comentário: