22 de julho de 2008

Lei Seca e os Seguros

A reportagem abaixo saiu na Isto É Dinheiro desta semana. Espero que os preços abaixem mesmo, tem alguns modelos para alguns motoristas de determinadas regiões que estão praticamente impraticáveis.

Vale também comentar que com a Lei Seca outros índices de sinistralidade podem cair, como nos seguros de Acidentes Pessoais e na cobertura de RCF-V/DP.

"O risco de pagar multa R$ 950, perder a carteira de motorista e ser preso afastou muitos brasileiros dos bares e restaurantes. Com a lei seca, quem gosta de sair para beber deverá gastar dinheiro com táxis e motoristas de estabelecimentos que entregam o cliente em casa. Por outro lado, pode economizar no seguro. Com a diminuição dos acidentes, os valores das apólices de automóveis tendem a diminuir. Na cidade de São Paulo, o Instituto Médico Legal registrou queda de 57% nas mortes por acidente desde o final de junho. Isso significa menos ocorrências de trânsito e menos sinistros a serem pagos pelas seguradoras. Como as colisões representam de 35% a 60% do valor do prêmio pago, essa economia poderá ser repassada aos motoristas. Nos EUA, quem utiliza pouco o próprio veículo pode ter desconto de até 15% no valor da apólice.

Estima-se que o efeito da lei seca poderá reduzir os prêmios em torno de 10%. Haverá espaço para isso. Em 2007, as indenizações para sinistros de colisões representaram 54% (ou R$ 2,5 bilhões) dos desembolsos das seguradoras. As companhias dizem que a queda nos preços é possível, mas não agora. "A redução acontecerá se os acidentes continuarem diminuindo e permanecerem assim por seis meses a um ano", explica Marcelo Sebastião, diretor da Porto Seguro. Outra questão relevante é o cumprimento da lei. "É preciso persistir o rigor da fiscalização", diz Ricardo Saad, diretor da Bradesco Seguros. Outros fatores de risco podem influenciar o custo do seguro. "O preço varia conforme a cidade e a região. Se os roubos aumentam, acabam compensando a diminuição de colisões", afirma Maurício Galian, diretor da Mapfre.
Quem vai determinar é a concorrência. A Federação Nacional de Seguros Gerais acredita que três meses são suficientes para o reajuste de preços. "Pode ser que isoladamente alguma seguradora baixe antes, o que eu acho pouco provável", diz Jayme Garfinkel, presidente da Fenaseg."

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